20% das grávidas têm a gestação interrompida de forma espontânea
Uma mulher sonha em ter um filho. Engravida, vê a barriga crescer, faz planos. E, por algum motivo, perde o bebê. Para ela, o luto. Mas, muitas pessoas em volta desta família não tratam a questão com tanta sensibilidade. Em razão desta insensibilidade, foi criado o Dia Internacional de Conscientização da Perda Gestacional e Infantil, lembrado em 15 de outubro.
As práticas integrativas, oferecidas pela rede pública da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, vêm auxiliando muitas mulheres a superar o luto causado pela perda gestacional. Estudos variados apontam que em torno de 20% das grávidas têm a gestação interrompida de forma espontânea antes da 12º semana de gravidez.
Quando isso acontece até a 22º semana, denomina-se perda gestacional precoce. A partir daí, perda gestacional tardia. A morte neonatal corresponde ao falecimento do recém-nascido até os 28 dias de vida completos.
“É comum as mães relatarem a frieza, inclusive de profissionais de saúde, principalmente quando a perda é no início da gestação. Dizem coisas do tipo ‘logo você engravida de novo’. Tratam o ocorrido com certa indiferença só porque você não conheceu aquela criança. Mas, desde que você engravida, você já ama seu filho”, relata a servidora da Secretaria de Saúde, Filomena de Oliveira, que já teve duas perdas gestacionais.
VOZ À DOR – Baseada na própria dor e na de tantas outras mulheres, Filomena criou o projeto Vozes do Silêncio. Nele ela faz um recorte de frases de mulheres que perderam seus bebês durante a gestação ou logo após o nascimento.
“É importante conscientizar profissionais de saúde, familiares e amigos, pois, devido à falta de sensibilidade, muitos pais se recolhem e vivem a dor sozinhos. Há o risco de se desenvolver uma depressão e outros problemas relacionados à saúde mental”, frisa Filomena.
Ela, que atua com práticas integrativas, acredita que atividades como Reiki, acupuntura, terapia comunitária e o uso de Homeopatia podem ser importantes aliados das famílias que passam pela perda gestacional.
A conversa com um psicólogo na unidade de saúde onde a gestante foi atendida também é importante.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111