Histórias reforçam a necessidade do diagnóstico precoce e do acolhimento
O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno podem salvar a vida de muitas pacientes. Por isso, é essencial que as mulheres estejam sempre atentas ao próprio corpo e não deixem de fazer os exames de rotina.
Um desconforto na mama, causado por um nódulo, foi o que acendeu o alerta para a aposentada Vera Gandara de Menezes, 62 anos. Em novembro de 2017, ela descobriu que estava com um câncer de mama em estágio avançado. Após o primeiro atendimento e a realização de exames, a aposentada entrou no fluxo de atendimento da Secretaria de Saúde para fazer o tratamento.
Em março do ano passado, Vera fez a retirada da mama e começou as sessões de quimioterapia, seguidas das de radioterapia. Ela fala com muito carinho dos médicos e de toda a equipe que a atendeu na rede, desde a descoberta do câncer até o momento atual: “Chamo os médicos que me atenderam de amigos, pois fui muito bem cuidada por eles e sou muito grata a esses profissionais”.
Para outras pacientes que estão recebendo um diagnóstico de câncer de mama, a aposentada pede que não tenham medo e nem desistam. “O importante é ficar boa, é viver, é ficar ao lado da família. O amor da família ajuda e é um remédio”.
CAMPANHA – Durante as ações do Outubro Rosa, coordenadas pela Secretária de Saúde, Vera fará a reconstrução da mama e a tatuagem estética de aréola na semana de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A expectativa de Vera é melhorar a estética que a incomoda um pouco: “Agora, vou me sentir mais bonita”, afirma.
Nos corredores do hospital, já decorado na cor da campanha do Outubro Rosa, sempre é possível ouvir uma paciente cantarolando. A cantora Aline Maria de Moura, 34 anos, é amante da música e uma das pacientes que serão atendidas na semana de reconstrução da mama do HRT.
Graças ao hábito de fazer o autoexame, a cantora descobriu que havia algo estranho com a mama. Ao buscar atendimento médico, descobriu que estava com câncer.
No início, o acompanhamento foi feito na rede privada, porém na metade das sessões de quimioterapia, o plano de saúde foi suspenso e Aline foi acolhida por uma Unidade Básica de Saúde. “Desde o início, fui absurdamente bem recebida. Fui incluída, de forma muito rápida, no sistema de atendimento da Oncologia e encaminhada ao atendimento do HRT”, destaca.
ACOLHIMENTO – Após o choque do diagnóstico, veio a calma para encarar o tratamento da melhor forma possível. A cantora faz questão de dizer que o apoio da família e o acolhimento da rede pública de saúde do DF foram importantes para o tratamento.
A paciente faz um alerta: “É fundamental entender que somos responsáveis por nossas vidas, que é preciso sair do papel de vítima e tomar a responsabilidade de salvar as nossas vidas, fazendo de tudo para se curar de algo que está fazendo mal, pois curar o câncer é possível”, assegura.
A música foi uma das grandes aliadas de Aline, que chegou a escrever várias canções durante o tratamento. Ela conta que a inspiração para escrever surgia nos momentos mais inusitados, como quando estava internada na UTI.
“Por favor, segure a minha mão” é uma das frases de uma música que Aline fez durante o seu tratamento. A letra fala das inseguranças e do apoio que todas mulheres precisam quando enfrentam o câncer de mama.
PRÓTESES – A Semana de reconstrução mamária do HRT é uma das atividades do Outubro Rosa da Secretaria de Saúde. Entre os dias 21 e 25, o Centro Cirúrgico da unidade ficará reservado para as reconstruções mamárias. A expectativa é atender 75 mulheres, pacientes já mastectomizadas, acompanhadas pela mastologia do hospital e que estão inseridas no sistema de regulação da Secretaria de Saúde.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), historicamente, o Distrito Federal é a quarta unidade da Federação em novos casos de câncer de mama, apresentando cerca de mil novas detecções por ano, sendo que 60% das pacientes dependem do SUS para o tratamento.
OUTUBRO ROSA – No Distrito Federal, os cuidados com a saúde da mulher estão sendo intensificados pela Secretaria de Saúde. Durante este mês, todas as unidades básicas de saúde (UBS) e policlínicas estão de portas abertas para acolher e avaliar quem está entre o público-alvo.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111