Ministério Público apura participação de João Muniz Leite, conhecido como Contador do Lulinha, em esquema de lavagem de dinheiro para bandidos do PCC
O contador João Muniz Leite é um dos alvos da operação deflagrada ontem dia (9) pelo Ministério Público de São Paulo que aperta o cerco contra esquema de lavagem de dinheiro para a facção criminosa PCC por meio de empresas de ônibus que atuavam na capital paulista.
Muniz ganhou notoriedade por ter trabalhado para Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. O “Contador do Lulinha” chegou a ser ouvido no processo do caso do triplex do Guarujá, descoberto pela Operação Lava Jato.
Dados da Polícia Federal, informa o jornal O Estado de São Paulo, revelam que o contador e a mulher, Aleksandra Silveira Andriani, ganharam 640 vezes na Lotofácil, Mega Sena e Quina. Só Aleksandra, em menos de um ano, entre 18 de dezembro de 2020 e 25 de novembro de 2021, ganhou 462 vezes.
Na operação desta terça, o Ministério Público tenta desbaratar esquema criminoso que envolve empresários, contadores, advogados ligados à UPBus, uma das companhias de ônibus sob suspeita do MP.
A investigação aponta inconsistência na contabilidade das empresas. A UPBus, por exemplo, registrava prejuízo de até R$5 milhões por ano, mas pagou a um acionista, Admar de Carvalho Martins, R$ 15 milhões a título de “lucros distribuídos”.
A promotoria suspeita que o Contador do Lulinha teria elo com outras empresas também envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado, só em 2022, R$ 974,3 milhões. O Gaeco ainda apura envolvimento de Muniz com Sílvio Luiz Correia, conhecido como Cebola, um dos principais líderes do PCC. O Jornal informa que procurou João Muniz Leite, mas o contador não foi encontrado.
Fonte: Diário do Poder