27.5 C
Brasília
21/11/2024
InícioPolíticaCLDFCâmara aprova em primeiro turno Instituto para administrar hospital e seis UPAs

Câmara aprova em primeiro turno Instituto para administrar hospital e seis UPAs

Por Ana Viriato, Alexandre de Paula e Helena Mader

Em sessão extraordinária marcada pela tensão dentro e fora da Câmara Legislativa, os deputados distritais aprovaram, nesta quinta-feira (24/01), em primeiro turno, por 14 x 8, o projeto de ampliação do modelo de gestão do Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF), proposto pelo Executivo. O governo conseguiu a vitória com aperto. Eram necessários 12 votos para a aprovação.

Graças a mudanças implementadas pelos parlamentares, a extensão do formato de administração chega somente ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e às seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital a versão do Executivo local incluía na lista, ainda, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e o Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib).

Entre diversas investidas, a oposição tentou adiar a análise da proposta. Fábio Félix (PSol) apresentou à Justiça um mandado de segurança com pedido liminar para que o projeto fosse retirado de pauta a requisição acabou indeferida. O parlamentar do PSol ainda apresentou um requerimento ao presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), com o mesmo intuito. Nos discursos, a constante era a mesma.

Vinte e dois dos 24 distritais estavam presentes no auditório da Casa, onde ocorreu a deliberação Agaciel Maia (PR) e Rodrigo Delmasso (PRB) não compareceram, pois estão em viagem. O vice-governador Paco Britto (Avante) compareceu, nesta tarde, à Câmara Legislativa para realizar as últimas costuras políticas.

A sessão foi realizada a pedido do GDF, que entende que a aprovação do PL precisava de urgência. “A criação do Instituto Hospital de Base conferiu autonomia e flexibilidade mais adequadas às demandas e aos anseios da sociedade, mediante manutenção integral do atendimento exclusivo e gratuito aos usuários do SUS”, ressalta o pedido de ampliação enviado à Câmara.

A organização será renomeada Instituto de Gestão Estratégica da Saúde do DF.  A entidade funciona de forma independente da Secretaria de Saúde e, dado ao orçamento próprio, terá autonomia. Com a natureza jurídica de serviço social autônomo, em vigor desde janeiro de 2018, a entidade permanece com a possibilidade de realizar compras de insumos sem licitação, contratar prestadores de serviços da iniciativa privada e admitir profissionais pelo regime celetista.

Polêmica

Antes da avaliação da proposta, os distritais tiveram três minutos para se pronunciar. Apenas parlamentares contrários à proposta quiseram se manifestar nessa primeira oportunidade. Na tribuna, deputados como Fábio Félix (PSol) e Reginaldo Veras (PDT) utilizaram citações do próprio governador Ibaneis Rocha (MDB), durante a campanha, criticando o modelo de gestão do IHB.

Parlamentares de oposição, como os petistas Chico Vigilante e Arlete Sampaio, fizeram críticas duras à proposta. “Esse projeto foi construído sob a base da ideologia do mercado. Saúde não é mercadoria e não rima com lucro.” Mesmo fazendo parte da base do governo, João Cardoso (Avante) e Jorge Vianna (Podemos) se colocaram contra a proposta.

Presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc), Vianna, inclusive, apresentou relatório com posicionamento desfavorável ao PL apresentado pelo Executivo no colegiado. “O modelo não foi debatido com profissionais da saúde, conselho de saúde, organizações sociais e sindicatos. A proposta não está alinhada à igualdade de oportunidade promovida pelo concurso público. Além disso, o formato apresenta insegurança jurídica, capaz de de prejudicar os servidores estatutários, empregados, fornecedores e gestores”, argumentou. O parecer acabou rejeitado por 14 x 8.

A proposta ainda passou pelo crivo das Comissões de Assuntos Sociais (CAS), de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) e de Constituição e Justiça (CCJ).

Ao defender as posições, deputados da base explicaram o voto a favor do projeto. Líder do governo na Câmara, Cláudio Abrantes (PDT) afirmou que a proposta do Executivo foi aprimorada pelas sugestões dos parlamentares. “Nós tiramos a extinção de cargos, a redução do poder da secretaria, melhoramos esse projeto”, afirmou.

Veja como votaram os distritais:

Agaciel Maia (PR) – ausente

Arlete Sampaio (PT) – Não

Chico Vigilante (PT) – Não

Cláudio Abrantes (PDT) – Sim

Daniel Donizet (PRP) – Sim

Delmasso (PRB) – Ausente

Eduardo Pedrosa (PTC) – Sim

Fábio Félix (PSol) – Não

Hermeto (PHS) – Sim

Iolando (PSC) – Sim

Jaqueline Silva (PTB) – Sim

João Cardoso (Avante) – Não

Jorge Vianna (Podemos) – Não

José Gomes (PSB) – Sim

Julia Lucy (Novo) – Não

Leandro Grass (Rede) – Não

Martins Machado (PRB) – Sim

Reginaldo Veras (PDT) – Não

Reginaldo Sardinha (Avante) – Sim

Robério Negreiros (PSD) – Sim

Roosevelt VIlela (PSB) – Sim

Telma Rufino (PROS) – Sim

Valdelino Barcelos (PP) – Sim

Rafael Prudente (MDB) – Sim

Fonte: CB Poder

Redação
Redaçãohttps://bloginformandoedetonando.com.br/
A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários. Obrigado por acessar o portal!

Comentários

- PUBLICIDADE -

Últimas Notícias

- PUBLICIDADE -