O ex-diretores do Banco Regional de Brasília (BRB) já se preparam para pegar o “Bonde da Papuda”
Nesta quinta-feira, Ricardo Leal e Vasco Rodrigues se preparam para descer para penitenciária da Papuda cumprindo a ordem da 10ª Vara de Justiça Federal.
Ricardo Leal, que foi o principal arrecadador da campanha do ex-governador Rodrigo Rollemberg ja havia sido preso, mas devido a um habeas corpus foi liberado. Porém, em decisão no dia ontem da 10ª Vara ficou determinado que ele fosse preso novamente.
De acordo com delação feita ao Ministério Público Federal (MPF) pelo empresário Ricardo Siqueira Rodrigues, Ricardo Leal teria recebido R$ 100 mil em dinheiro de propina para saldar dívidas de campanha do ex-governador.
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A Força Tarefa Greenfield enviou à Justiça, nessa terça-feira (12), denúncia contra 17 pessoas no âmbito da Operação Circus Maximus. Deflagrada no final de janeiro, a operação apura irregularidades praticadas no Banco Regional de Brasília (BRB), envolvendo fundos de investimentos, com a atuação de agentes públicos, empresários e agentes financeiros autônomos.
Os denunciados responderão por crimes contra o sistema financeiro, corrupção, lavagem de dinheiro, gestão temerária, entre outros. Segundo as investigações, os prejuízos foram de, aproximadamente, R$ 348 milhões ao BRB, participantes de fundos de pensão e RPPS, poupadores e ao sistema financeiro nacional.
Os procuradores que integram a FT pedem, no documento, além da condenação dos envolvidos, o confisco de valores, bem como uma indenização correspondente ao triplo das quantias desviadas por cada um, a fim de satisfazer os danos materiais, morais e sociais causados. Nesse sentido, a despeito da esperada gestão profissional inerente à administração de uma instituição pública, as investigações demonstraram um clima informal, típico de uma empresa familiar, no que se referia à diretoria do banco estatal.
De acordo com a ação, as práticas criminosas começaram em 2014 e a organização que viabilizava os ilícitos permanecia em atividade até a deflagração da operação. Nesse contexto, as apurações que resultaram na presente denúncia se concentraram nas dissimulações mediante o pagamento de propinas que justificaram os investimentos em, pelo menos, dois empreendimentos: o FIP LSH (relacionando ao antigo Trump Hotel, na Barra da Tijuca) e o FII SIA (relacionado ao empreendimento Praça Capital, desenvolvido pela Odebrecht Realizações e pela Brasal Incorporações).
Fonte: Brasília de Fato