Os jornalistas do Correio Braziliense, reunidos em assembleia nesta terça-feira (02/4), aprovaram estado de greve contra as irregularidades praticadas pelo jornal. A empresa vem atrasando salários dos editores, férias e benefícios, além de protelar o pagamento dos trabalhadores precarizados como freelancers.
Antes da assembleia, o Sindicato dos Jornalistas e a Comissão de Empregados se reuniram com a direção do Correio Braziliense, que apresentou um calendário para quitação dos salários, dos freelas e do auxílio alimentação até o final do mês. Uma proposta para pagamento da segunda parcela do PLR e das férias em atraso ficou de ser apresentado no dia 22/4.
Os trabalhadores continuarão mobilizados para exigir a regularização dos atrasos. A assembleia será retomada na próxima terça (9/4) para acompanhar os pagamentos prometidos. Ao longo do mês, outras assembleias estão programadas para as terças-feiras.
Os jornalistas também aprovaram a proposta para que o jornal deixe de precarizar os empregados através dos freelas e que apresente um cronograma de regularização destes colegas. A direção do SJPDF reforçou que esse modelo de contratação é uma fraude trabalhista do Correio já que os freelas são subordinados, tem escala regular de trabalho e nenhum direito trabalhista e que os jornalistas devem ser regularizados.
Outro ponto cobrado pelos jornalistas foi o compromisso da empresa manter as reuniões semanais com a redação para socializar os avanços em relação à solução da crise financeira e o pagamento das obrigações trabalhistas, como o histórico atraso do FGTS que já dura mais de quatro anos.
A direção do SJPDF avalia como fundamental a mobilização dos jornalistas e que a empresa busque uma solução o mais rápido possível. A Diretoria espera ainda que a crise do Correio Braziliense não seja usada como impedimento para avançar nas negociações salariais da Convenção Coletiva de Trabalho.
Fonte: Sindicato Jornalistas DF