Apenas 35% dos atendimentos na Atenção Primária foram para o sexo masculino
Nos últimos 12 meses, apenas 35% do total de atendimentos feitos nas unidades básicas de saúde do Distrito Federal foram para pessoas do sexo masculino. A realidade é a mesma em todo o Brasil. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, quase um terço dos homens não procuram auxílio na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida.
De acordo com a mesma pesquisa, as barreiras socioculturais interferem na prevenção à saúde e, em muitos casos, os homens pensam que não ficam doentes ou têm medo de descobrir alguma alteração no organismo. Segundo a Política Nacional de Saúde do Homem (PNAISH), a doença é considerada um sinal de fragilidade e os homens não reconhecem como inerentes à sua própria condição biológica.
“Outra questão sempre apontada é que, por trabalharem fora, não sobra tempo para procurar uma unidade de saúde. Pensando nisso, desde 2017, o DF conta com unidades de saúde com horário de atendimento estendido, das 7h às 19h de segunda a sexta-feira, e das 7h às 12h nos sábados”, observa Viviane Tobias Albuquerque, da área técnica de Saúde da Pessoa Adulta da Secretaria de Saúde. Atualmente, 59 unidades de todas as regiões de saúde do DF contam com esse horário diferenciado.
ADOECIMENTO – A falta de cuidado faz com que os homens morram mais cedo que as mulheres e de doenças que poderiam ser prevenidas, como acidentes vasculares cerebrais, infartos, câncer e doenças do aparelho digestivo.
Segundo Viviane Albuquerque, entre as causas de morte em homens, depois das causas externas, como acidentes e violência, estão as doenças do aparelho circulatório, tumores, aparelho digestivo e respiratório.
“O homem é mais vulnerável à violência. Nesse sentindo, em dezembro de 2018, foi iniciada, na Região de Saúde Oeste, uma capacitação em saúde mental, com a abordagem da temática da violência, para os profissionais que atuam nos Núcleos Ampliados de Saúde da Família, que têm a incumbência de matriciar todos os profissionais que atuam nas equipes de Estratégia de Saúde da Família”, conta Viviane. As capacitações ocorrerão durante todo o ano de 2019 e terão continuidade em 2020, com previsão de expansão para as outras regiões de saúde.
O uso de álcool e o tabagismo também estão sendo abordados nessas capacitações. “Estima-se que 2% de todas as internações de mulheres por transtornos mentais e comportamentais sejam decorrentes do uso do álcool, enquanto que, entre os homens, esse percentual representa 20% do total de internações”, ressalta.
PREVENÇÃO – Outra forma utilizada pela Secretaria de Saúde para atrair os homens para as unidades e voltar o olhar para sua saúde é o projeto Paternidade Responsável, por meio da inserção masculina nas consultas de pré-natal.
“Durante o acompanhamento do pré-natal, são realizadas, nos homens, as sorologias para HIV, sífilis e hepatites, além de exames de sangue para verificar taxas como colesterol, glicose e triglicerídeos. As capacitações das equipes de saúde para fazer o pré-natal do homem já foram realizadas em quatro regiões e, até o final de 2019, devem ser finalizadas em todo o DF”, detalha Viviane.
É recomendado que os homens realizem consultas periódicas para avaliação física geral com o profissional de saúde, quando podem ser diagnosticados problemas específicos que exijam exames mais apurados.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111