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Retroescavadeire-se: Não se combate ditadura em 2020 como em 1964

Publicado em: 22/02/2020 00:001,5 Min. de Leitura

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Por Anderson França

A desordem que se instalou neste país não vai acabar na base do trombone com fita colorida, trompete, flor, poesia e ciranda

Eu não vou perder meu tempo criticando Cid Gomes. Se você está sem tempo hoje pra me ler, resumo da coluna tá aqui: achei foi pouco. Não vão acabar a desordem que se instalou neste país, na base do trombone com fita colorida, trompete, flor, poesia, ciranda e debate sobre o close certíssimo.

Ninguém vai, queridos, nunca, ser 100% close certo. Política é o ofício dos que sabem conviver com a esgotosfera das mentiras, egos e disputas pelo poder. Política não é, nunca foi, uma delicada coreografia de bailarinos num teatro municipal. Dá tudo errado. É como o artista que anda sobre a corda bamba no Cirque du Soleil, casa cheia, filmando DVD. Ele ensaia isso 10 horas por dia e, então, vai até o meio da corda e cai. Se espatifa no chão, morre, o povo se desespera, as câmeras cortam a gravação, as crianças choram, vão guardar aquela imagem terrível. Isso, meu amigo, ‘isso é política’.

Não se iluda.

Tudo que as esquerdas venderam de utopia e negociação entre o poético e a realidade pra ganhar votos do jovem que quer agredir os pais na hora do jantar é mentira.

Você vota Haddad e Freixo, tua mãe fez a tia fascista no WhatsApp, apoiou, divulgou, votou e conquistou votos pra Bolsonaro.

A esquerda ciranda só ilude under 30.

Mas existe ‘outra’ esquerda ou ‘outras forças de oposição’ que não sejam apenas no gogó e no debate comportado?

Fonte: Metrópoles

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