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25/07/2024
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Relembrando: À Família Militar por Gilson Araújo

Para conhecimento do prezado companheiro estou encaminhando cópia do artigo de nossa autoria, publicado no Jornal de Brasília (Tribuna da Cidade), de 01/07/1994, e remetido ao Exmº Sr. Presidente da República, aos 584 congressistas e Ministros de Estado. Gilson Araújo

Militares querem mais dignidade!

O saudoso estadista Ulysses Guimarães definia que cidadão é o que ganha, come, sabe, mora e o poder de curar. No preâmbulo da Constituição Federal consta que o Congresso Nacional representa o povo brasileiro para instituir o Estado Democrático, assegurando o exercício dos direitos sociais, o bem-estar, a igualdade e a justiça.

Nesse contesto, a cidadania dos militares das Forças Armadas está por merecer mais atenção, por que eles não são suficientemente remunerados para comer, morar, e se curar. A impressão que se tem é a de que os militares não são considerados cidadãos com direitos sociais, bem-estar, justiça. Enfim, com a igualdade a outros segmentos da sociedade brasileira.

Será que os portadores de mandatos parlamentares federais, votados para serem representantes do povo brasileiro, têm considerado, de fato, o significado funcional das Forças Armadas e da real situação proletária a que estão sendo lançados os ‘cidadãos’ militares?

As Forças Armadas constituem uma das raras instituições nacionais, celeiro de profissionais competentes, fraternos e éticos. Dos militares exige-se 24 horas por dia de dedicação exclusiva a serviço da Nação. Eles devem ter adestramento, boa apresentação, padrão exemplar de conduta e boa constituição física e psicológica. É de fundamental importância o papel dos militares da defesa do nosso território e na segurança nacional. Por isso, não apenas os 584 parlamentares do Congresso Nacional, como sai Excelência o Presidente Itamar Franco. Precisam desenvolver ações eficazes e rápidas para dar dignidade aos militares, na dimensão exata, através de soldos justos e o reaparelhamento das Forças Armadas.

No Brasil o militar sempre viveu com remuneração modesta. Mas aconteceram perdas salariais ao longo dos anos e, devido a isso, muitos deles estão numa situação aflitiva de serem obrigados a morar em favelas e a trabalhar como garçons, taxistas e vendedores de cachorro quente, entre outras atividades atípicas às suas carreiras, para não passarem fome com suas famílias. Isso obriga o militar a cair na vala perigosa, para o País, em consequência da insatisfação que poderá levar a desobediência.

Militar não tem voz, não tem sindicato e nem tradição de fazer reivindicação direta. Assim, ficam em desvantagem diante das outras classes sociais, na hora de defender reajustes de salários. Os bens nobres da vida são moradia, emprego e salários, educação, saúde e lazer. Os militares estão praticamente privados de tudo isso. Como nunca é tarde para se reparar erros, ainda há tempo para o Governo Federal e o Congresso Nacional corrigirem essas injustiças sofridas pelo pessoal das Forças Armadas. Antes tarde do que nunca, conforme o ditado popular.

Gilson Araújo 

Redação
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