Os membros da CPI do MST, de maioria oposicionista, devem votar na terça-feira (11) a convocação de Gonçalves Dias, o general do Lula, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional até ser flagrado em atitude de omissão, durante a invasão do Palácio do Planalto em 8 de Janeiro, e também o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT/BA).
Os requerimentos sobre a convocação de Rui Costa foram apresentados pelos deputados Ricardo Salles (PL/SP), relator da CPI, e Evair Vieira de Melo (PP/ES) e deveriam ter sido votados na semana passada, mas a sessão foi adiada em razão do esforço concentrado para discussão e aprovação da Reforma Tributária.
Objetivo é que Rui Costa esclareça suas relações com o MST, de forte atuação na Bahia, Estado que governou, e o trabalho da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), sob sua subordinação, no monitoramento das invasões criminosas de terras, que se multiplicaram após a posse do atual governo, em 1º de Janeiro e sobre as ações do MST.
“Solicita que seja convocado o Senhor Rui Costa dos Santos, conhecedor das atividades desempenhadas pelo MST, na condição de testemunha, para prestar esclarecimentos sobre as ações do MST e as medidas de reintegração de posse de terras invadidas no estado da Bahia”, afirma Evair Vieira de Melo. Já a oitiva do ex-GSI, Gonçalves Dias foi requerida somente por Salles.
“Solicita que seja convocado como testemunha o Sr. Marco Edson Gonçalves Dias, ex-Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, para prestar esclarecimentos sobre ações da ABIN no monitoramento de invasões de terra ocorridas durante o atual governo quando sob sua gestão enquanto Ministro”.
O colegiado também vai votar sobre a convocação do presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka.
Fonte: Diário do Poder