Candidato à Presidência do Senado, Rogério Marinho (PL/RN) tem reclamado, nos bastidores, do que classifica como “interferência” do Ministro do STF Alexandre de Moraes na disputa pelo comando da Casa Legislativa, marcada para a quarta-feira (1º/2).
Segundo aliados de Rogério Marinho, chegou aos ouvidos do senador eleito que Alexandre de Moraes teria ligado para alguns parlamentares pedindo voto no atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que disputa a reeleição para o cargo.
O argumento que Alexandre de Moraes estaria usando, dizem aliados de Rogério Marinho, seria o de que Pacheco é um nome mais alinhado à “democracia”. Especialmente em um momento de ataques às instituições, após as invasões golpistas de 8 de janeiro.
A suposta postura de “cabo eleitoral” de Moraes irritou Rogério Marinho e integrantes de sua campanha. Aliados do senador eleito avaliam que este não é o “papel” que cabe a um ministro do Supremo, que não deveria ter atuação política.
Independentemente da vitória na disputa pela Presidência do Senado, aliados de Rogério Marinho defendem que será necessário uma “resposta” a Alexandre de Moraes.
Segundo eles, essa resposta não significaria defender o Impeachment do ministro, mas “abrir a caixa de ferramentas” do Senado para deixar claro que o cargo de ministro STF não poderia ser usado como instrumento político.
Procurado pela coluna de Igor Gadelha desde o domingo (29/1), o Ministro Alexandre de Moraes não respondeu. O espaço segue aberto.
O abaixo-assinado “Pacheco não” se aproxima das 700 mil assinaturas, após menos de três dias desde a criação. O documento, publicado na plataforma www.Change.org, tem manifesto contra a recondução de Rodrigo Pacheco (PSD/MG) à Presidência do Senado.
Fonte: Metrópoles