Para defender o seu projeto pessoal, de disputar a eleição para o Buriti, a presidente do Sindicato dos Professores convoca greve que penalizará centenas de crianças pobres da rede pública de ensino do DF
Após ficarem quase dois anos fora da sala de aula, devido à pandemia, cerca de 446.162 mil alunos da rede pública do Distrito Federal são ameaçados, agora, de continuar fora da escola por conta da perversa política eleitoreira.
Uma greve de professores está sendo convocada para hoje (22), pela presidente do Sindicato dos Professores Rosilene Corrêa, filiada ao PT, e candidata ao governo nas eleições de outubro.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) reagiu na manhã da segunda-feira (21), contra a ameaça de greve convocada pelo SINPRO/DF, que, segundo ele, tem conotação política eleitoreira.
“A gente vê com muita tristeza. As crianças estão aí há quase dois anos afastadas do convívio escolar. Nós não temos nenhum tipo de problema que leve a uma greve”, disse o governador Ibaneis Rocha.
“A gente espera que os professores e os educadores não sejam usados por essa vontade política de prejudicar as nossas crianças e os nossos adolescentes”, concluiu Ibaneis Rocha.
A paralisação das atividades escolares não preocupa apenas o governador, mas os pais de alunos que, diante do cenário, não vislumbram um futuro melhor para os seus filhos, bastantes prejudicados em quase dois anos de pandemia.
O resultado foi o aumento da evasão escolar, efeito que se espalhou por todo o país.
Neste contexto, o número de jovens que já pensou em desistir de estudar durante a pandemia cresceu de 28%, em 2020, para 43% em 2021. De fato, 6% deixaram os estudos neste ano. Entre os motivos, a dificuldade financeira alcança 21%, e a dificuldade de se organizar com o ensino remoto, 14%.
Em um ano, o percentual de jovens que estão sem estudar cresceu de 26% para 36%. Observa-se que cerca de 56% dos estudantes que não estão estudando trancaram a matrícula após março de 2020.
O levantamento foi feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
No Distrito Federal o quadro não é diferente para os alunos da rede de ensino público. Muitos deles abandonaram a escola pelo fato de não terem condições de acompanhar as aulas remotamente, bem como, ter que ajudar a família com alguma renda.
Com todas as medidas sanitárias tomadas as aulas presenciais foram retomadas no Distrito Federal no dia 14 de fevereiro.
No entanto, por um projeto político pessoal e partidário de Rosilene Correa (PT), candidata ao Buriti, o ano letivo pode ser prejudicado.
Ela resolveu levantar a bandeira do retrocesso, mesmo que os mais prejudicados sejam as centenas de alunos e alunas do DF.
A presidente do SINPRO vai à contração dos docentes de todo o país que se engajaram na corrida contra o tempo, para salvar o futuro de milhares de crianças pobres da rede pública de ensino. A petista já começa mal na política.
Fonte: Diário do Poder