Equipe multiprofissional facilita adesão ao tratamento
Primeiro veio a observação da professora, na escola: Ana Clara anda muito sonolenta. Em casa, a mãe, Sirleide Rosa dos Santos, começou a observar uma frequência maior de urina e o consumo excessivo de água. Foi então que decidiu levar a pequena, de sete anos, a uma consulta no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e lá mesmo a menina ficou internada. Diagnóstico – diabetes do tipo I.
Depois de controlar a doença no hospital, Ana Clara foi conduzida para acompanhamento pelo Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh). Lá, a menina recebe atendimento mensal com endócrino-pediatra, nutricionista e psicólogo, o que a mãe considera uma excelente ajuda no tratamento, nem sempre tão fácil.
“Imagina controlar a comida de uma criança diabética, que tem festinhas para ir. E mais, a insulina é injetável, tem agulha. Às vezes, ela pula refeições e percebo que é só para não ter que usar a medicação”, relata Sirleide Rosa.
A consulta multiprofissional ajuda a família a entender a doença, saber quais as melhores formas de fazer seu controle e promover a adesão ao tratamento. Atualmente, 600 crianças são acompanhadas pelos profissionais do Cedoh, 96% delas com diabetes.
CONTROLE DE PESO – Há seis meses, começaram os atendimentos em grupos de crianças com obesidade. São 24 meninos e meninas e seus familiares em acompanhamento.
“No momento, o foco principal é a criança com diabetes. A abordagem é individual, caso a caso, com a participação da Psicologia eda Assistência Social”, frisa a gerente do Cedoh, Alexandra Rubim Camara Sete.
Por mês, cerca de 30 novos casos de crianças com diabetes chegam ao centro. Semanalmente, 80 pacienteis infantis são atendidos na unidade.
DOENÇA – O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou pela má absorção da insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia ao organismo. Ela pode se apresentar de diversos tipos diferentes, sendo os mais comuns os tipos I e II. O tipo I é o que acomete as crianças.
Entre os sintomas estão o aumento da diurese (produção de urina), da sede e da perda de peso. “Mas, em crianças menores de cinco anos, os sintomas podem ser inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico”, destaca Alexandra Rubim. O atraso no diagnóstico pode levar a vômitos e à desidratação.
Ao identificar os sintomas, os pais devem levar a criança à unidade básica de saúde mais próxima de sua residência. Havendo confirmação de diagnóstico, o médico dá encaminhamento ao hospital com equipe especializada. Alexandra destaca que, em casos graves de vômito e desidratação, é melhor seguir para uma emergência.
A doença não tem cura, mas tem controle. No caso do diabetes do tipo I, somente com insulina. “O tratamento envolve o uso correto da insulina associado às medidas de glicemia, alimentação adequada e atividade física. Assim, a equipe de Enfermagem e a de Nutrição são fundamentais”, recomenda Alexandra.
Ela explica: “Por ser uma doença crônica, há necessidade do apoio da equipe da Psicologia. A família é a base do sucesso do tratamento porque é responsável pela supervisão, nessa faixa etária”.
OBESIDADE – O acompanhamento a crianças e adolescentes com obesidade, no Cedoh, começou há pouco tempo. São 24crianças em atendimento. Uma delas é Moisés Almeida, 13 anos. Autista, tinha compulsão por comida e pesava 84 kg.
“Ele ainda mantém este mesmo peso, mas já conseguimos fazer com que ele não coma toda hora, sem parar, graças ao acompanhamento das profissionais do centro. Eu só tenho a agradecer, ainda mais porque eu encontro todos os médicos em um mesmo lugar, sem precisar andar com meu filho para várias unidades”, diz a mãe de Moisés, Erilene Gomes.
O peso do garoto, após quatro meses de acompanhamento, continua o mesmo, pois o primeiro passo não é a perda de peso, mas o controle da ansiedade e da compulsão alimentar. A partir de agora, a nutricionista entrará em ação, estabelecendo uma dieta voltada à perda dos quilos extras.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111