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04/05/2024
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Serviço de atendimento a fissurados prepara linha de cuidados

Documento dará autonomia ao trabalho realizado há 20 anos no Hran

O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) criou um grupo de trabalho para traçar a linha de cuidados e regulamentar este serviço, que já funciona há 20 anos na Secretaria de Saúde e é referência em todo o Centro-Oeste. A primeira reunião aconteceu nesta quarta-feira (24) e a previsão é de que o conteúdo esteja finalizado em julho.

“Com a linha de cuidados, iremos estabelecer o fluxo de atendimento e colocar em prática o que prevê a Lei nº 5.985/2017, que dispõe sobre a notificação compulsória, em caso de fissura labiopalatal, pelas entidades públicas e privadas do sistema de saúde do Distrito Federal”, esclarece a enfermeira do serviço, Liliane Rios (foto acima).

Ela explica que, com o serviço regularizado, terá mais autonomia para dimensionar toda a equipe, buscar materiais e resolver outras necessidades. “Hoje, temos uma estrutura multiprofissional que nenhum hospital tem, nem mesmo os particulares. Mas não conseguimos ter a visibilidade necessária para atender a todos que precisam”, lamenta Liliane.

ATENDIMENTOS – Segundo o cirurgião plástico da equipe, Alexandre Figueiredo, são realizadas cerca de oito mil consultas, anualmente, no Ambulatório de Fissurados. Chegam de seis a oito novos pacientes por mês à unidade.

“Há um universo muito maior de pessoas que nascem com o problema e que sequer sabem que há tratamento. A incidência, no DF, segue a média nacional, que é uma pessoa com fissura labiopalatina para cada 650 nascidos vivos”, observa o médico.

SERVIÇO – O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte foi oficializado em 11 de março de 2013. O trabalho com pacientes fissurados já acontece no Hran há duas décadas. Porém, o atendimento era incompleto, o que levava ao não cumprimento de todas as etapas necessárias e preconizadas nacional e internacionalmente para a terapêutica.

“O tratamento multidisciplinar é uma das condições indispensáveis para o sucesso do tratamento e reabilitação dos pacientes, tendo o envolvimento da família com os profissionais de saúde. O tratamento dessas crianças envolve os esforços conjuntos de vários especialistas, tais como cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos, ortodontistas, pediatras, enfermeiros, odontopediatras, otorrinolaringologistas, nutricionistas, psicólogos, assistente social e cirurgião bucomaxilo”, informa Liliane Rios.

FISSURA – A fissura labiopalatina é uma malformação que acomete lábio, céu da boca (palato), musculatura, mucosa e, muitas vezes, o osso. Trata-se de uma fenda que pode atingir apenas um lado, ou seja, ser unilateral, ou ambos os lados, classificada como bilateral.

As principais implicações que as fissuras podem trazer ao indivíduo são dificuldade na alimentação, alterações na arcada dentária, comprometimento do crescimento facial e do desenvolvimento da fala, e na audição.

Na maioria dos casos, é possível fazer o diagnóstico com o bebê ainda na barriga, por meio de ecografia morfológica. Quando descoberto nesta fase, a equipe multiprofissional do Hran já entra em ação, com o trabalho de uma junta interdisciplinar. Aí, o cirurgião plástico, a ortodontista, a fonoaudióloga e a psicóloga acolhem e orientam o plano de tratamento.

O início do tratamento é definido dependendo do diagnóstico e as primeiras cirurgias são realizadas entre quatro e seis meses de vida, antes mesmo de a criança aprender a falar, para que seja incluída na sociedade já habilitada e apta a conviver socialmente, com a fala compreensível.

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Fonte: IGESDF – Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 20171111

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