Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, segue o roteiro autoritário traçado por Daniel Ortega na Nicarágua. Está claro que a crise na Venezuela não será resolvida com a saída de Maduro do poder.
Antes das eleições, ele avisou que, se não vencesse, haveria um banho de sangue. Após se proclamar vencedor, o derramamento de sangue continua, pois o resultado é flagrantemente contestado.
Representantes dos EUA afirmam que as atas divulgadas pela oposição mostram que Edmundo González derrotou Nicolás Maduro.
Em uma reunião na Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, Brian Nichols declarou que o candidato opositor obteve milhões de votos a mais que o atual presidente.
O cenário, portanto, permanecerá inalterado. Sem ações concretas, apenas retóricas, Luiz Inácio Lula da Silva tentará fingir que a eleição foi democrática. Afinal, ele e Maduro são amigos íntimos. Até o momento, a resposta do governo brasileiro tem sido limitada à essa retórica. As declarações de Lula defendendo a normalidade do processo eleitoral venezuelano contrastam com a realidade vivida por milhares de venezuelanos, e refletem a proximidade entre Lula e Maduro. Entre a preservação de uma amizade pessoal e a defesa intransigente da democracia, Lula se vê no centro de um dilema que testa seus compromissos políticos e diplomáticos.
Nicolás Maduro continuará no poder, e as críticas permanecerão apenas como críticas, sem ações concretas. No cenário mundial, é crucial prestar atenção aos meios de votação eleitorais, implementando fiscalização e aperfeiçoamento constantes.
Nicolás Maduro deveria convocar uma coletiva de imprensa internacional com a presença da, Reuters e Fox para declarar: “Prezados jornalistas, estou disposto a apresentar as atas de minha eleição assim que Biden e Lula fizerem o mesmo.”
É frustrante ter que aceitar a vitória da impunidade. O povo, sendo maioria absoluta, não tem voz nem voto. Até que medidas mais decisivas sejam tomadas, a permanência de Maduro no poder parece garantida. E as críticas, enquanto não acompanhadas de ações concretas, continuarão sendo apenas ecos de indignação sem impacto real sobre a situação venezuelana.
Fonte: Jornal da Cidade Online