A acusação no Supremo Tribunal Federal (STF) de “incitamento” da opinião pública “contra instituições”, mirando jornalistas, parlamentares, ativistas e até presidente de partido, por suas opiniões e críticas, ainda que injuriosas, fazem lembrar acusações do regime militar a seus opositores, chamados de “subversivos” e até “terroristas”, processados e presos por “incitarem” o povo contra autoridades. Agora, como antes, a vítima é a mesma: A garantia constitucional da liberdade de expressão.
Corte não é partido
Simples consulta ao Google não registra, em democracias sólidas, cortes supremas protagonistas na política, nem governantes que as xinguem.
Não custa imaginar
Os Três Poderes deveriam se perguntar, antes de decisões iminentes, se aquilo seria tolerado em sólidas democracias. O Brasil agradeceria.
Em nome da isenção
Iniciativas do STF “em defesa da democracia” deveriam incluir os que, nas redes sociais, pregam o assassinato de um presidente eleito?
Direito do cidadão
Bolsonaro é criticado, com razão, quando processa quem o insulta. Afinal, são cidadãos exercitando o direito à liberdade da expressão.
Pacheco já tem até staff para disputar o Planalto
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), a quem cabe decidir sobre instaurar processos de impeachment contra ministros do STF, está tão empolgado em disputar a sucessão do presidente Jair Bolsonaro que até já dispõe de um staff de campanha, cuja formação se encontra quase concluída. Inclui pessoas de sua confiança, inclusive do Senado, e profissionais de várias áreas. Pacheco tem ouvido de líderes políticos palavras de estímulo ao projeto presidencial, e não se fez de rogado.
Clima de festa
Rodrigo Pacheco deve trocar o DEM pelo PSD em outubro, em convenção festiva, quando as articulações começam para valer.
Confiança
As pesquisas sempre dão a Pacheco números muito modestos, mas a confiança é de que os votos aparecerão “no momento certo”.
Votos vão aparecer
Para o presidente do PSD, Gilberto Kassab, entusiasta da candidatura de Pacheco, intenções de voto serão consequência da viabilidade política.
Está no sal
O procurador-geral Augusto Aras alegou que a prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, era censura prévia. Agora, o ministro que ordenou a prisão virou relator da representação da oposição contra Aras.
Chaves de volta
Com a perda do mandato de Flordelis, a Câmara quer de volta o apartamento funcional que ela ocupava. O prazo de devolução é de 30 dias, mas, com Flordelis em cana, quem vai entregar as chaves?
Devolução do mandato
Com a posse de Rodrigo Maia como auxiliar de João Doria em São Paulo, há deputados pregando sua renúncia ao mandato, que pertence ao povo do Rio de Janeiro. Maia não faria falta, mal aparecia na Câmara.
Se não for incômodo…
O ministro Ricardo Lewandowski atendeu a CPI da Pandemia, apenas recomendando medidas de proteção dos sigilos de uma servidora do Ministério da Saúde… que já vazaram. Já investigar o vazamento…
Vacinados e protegidos
Ao comemorar a decisão da Justiça de suspender liminar que permitia mais de 180 mil professores a não voltarem ao trabalho em São Paulo mesmo vacinados, a Secretaria de Educação do Estado lembrou haver comprado 228 mil litros de álcool em gel e 12 milhões de máscaras.
Hipocrisia hermana
Não surpreendem as fotos e vídeos da festa de aniversário da primeira-dama da Argentina ao lado do marido, o Presidente Alberto Fernández, aglomerando e sem máscara. Típico “faça o que digo não o que faço.”
Regras importam
A Justiça Federal de Brasília anulou a prisão do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias, decretada na CPI da Pandemia. Foi convocado como testemunha, mas acabou tratado como investigado. Não pode.
Alcântara, 18
Completa 18 anos neste domingo (22) a explosão do foguete brasileiro VLS-1 V3, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que colocaria na atmosfera um satélite brasileiro. Matou 21 técnicos civis.
Pensando bem…
…pedir Impeachment do presidente é normal, mas de Ministro do STF é ato antidemocrático.
Fonte: Diário do Poder