Um grupo de 36 deputados federais de partidos considerados aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu ao assinar um pedido de Impeachment contra o chefe do Executivo. A movimentação, revelada na terça-feira (28), gerou repercussões intensas no meio político e expôs possíveis fissuras na base governista.
Os parlamentares, oriundos de siglas como MDB, PSD e União Brasil, alegam insatisfação com a condução do governo, especialmente no que diz respeito ao trato com aliados e ao ritmo das entregas de promessas feitas durante a campanha eleitoral. Entre as críticas apontadas estão atrasos na liberação de emendas parlamentares e a falta de diálogo em temas considerados cruciais, como reformas econômicas.
O pedido de Impeachment, protocolado na Câmara dos Deputados, cita possíveis irregularidades administrativas e políticas do governo Lula. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL), ainda não se manifestou sobre a tramitação do documento, mas o episódio já acendeu debates sobre a estabilidade do governo e a relação entre Planalto e Congresso.
A adesão de deputados da base a uma medida tão radical demonstra que o governo enfrenta não apenas a oposição tradicional, mas também desafios internos que podem impactar sua governabilidade. Lula, por sua vez, tem buscado minimizar o episódio, alegando que a diversidade de opiniões faz parte do jogo democrático.
Fonte: DF Soberano